Na dimensão 0 a medida usual é a de contagem. Na dimensão 1 temos a noção de comprimento de uma curva no espaço como a do limite da soma do comprimento de linhas poligonais inscritas.
Mas como contamos a área de uma superfície, se nem sequer localmente a podemos planificar4? Que conceito afinal de volume é esse na dimensão 2 ou em dimensões superiores?
A resposta é hoje facilmente ultrapassada por meio da teoria da `métrica em variedades diferenciáveis' ou geometria riemanniana. Seja na geometria diferencial ou na física teórica, um tal instrumento não passa de uma idealização.
Abstraímos da realidade dos objectos físicos, com rigor matemático, um espaço vectorial tangente onde fazemos a geometria clássica e daí partimos para o estudo de fenómenos intrínsecos ou invariantes e, sob uma perspectiva nova, de propriedades globais5 dos espaços, seus subespaços e do movimento entre estes.
Suponhamos então que é dada uma porção de superfície ou uma variedade de dimensão (conceito mais geral, mas a mesma ideia que em dim 2) como na figura 7.
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Agora supomos que é dada a métrica, o instrumento matemático que nos permite calcular ângulos,
A métrica fica bem determinada numa carta local pelos valores , . Recordemos que vectores , de classe por natureza, são induzidos em pela própria carta . São campos vectoriais locais. Havendo necessidade, podê-mo-los denotar por .
Seja , onde cada é função de . É fácil adivinhar que as cartas resultam em funções sobre as variedades, por construção, e que verificarão
ou seja | (6) |
Suponhamos agora que nos é dada outra carta qualquer com domínio (outro ) passando pelo domínio de . Escrevamos . Então temos uma `lei de transformação natural' entre cartas na intersecção dos domínios
Podemos escrever (8) em termos matriciais: se é a matriz da métrica, ou seja, se e é a matriz jacobiana , então aquela equação escreve-se
E temos finalmente em qualquer dimensão a definição
Eis essencialmente como se chega hoje ao volume sabendo apenas o integral de Riemann, o qual é bem conhecido da Análise. (A história mostrará inclusive que este é que foi feito para aquele e não o contrário, como agora parece estarmos a pretender).
Note-se que a `forma diferencial' , de grau igual à dimensão de ,