Resumo
O Plano Operacional de Monitorização e Gestão de Peixes Anádromos em Portugal - AN@DROMOS.PT tem como principal objetivo a implementação, a nível nacional, de um programa de monitorização e gestão da pesca dirigida aos peixes anádromos, de modo a restabelecer e manter as populações das espécies exploradas acima dos níveis suscetíveis de gerar o rendimento máximo sustentável. Este projeto pretende promover a aproximação da comunidade científica à comunidade piscatória e, dessa forma, contribuir para uma gestão dos peixes anádromos assente nos três pilares da sustentabilidade, económico, social e ambiental, tal como previsto pela sua fonte de financiamento, o Programa Operacional para o Mar 2020. Este projeto é coordenado pela Universidade de Évora com o apoio técnico-científico do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, integra como entidades parceiras as associações de pesca Figpesca, AMAR São Pedro e Viana Pesca. Conta ainda com o apoio institucional das entidades da administração pública com competências na gestão da pesca, conservação e gestão dos recursos naturais.
Atividades em curso
Acompanhamento da pesca profissional direcionada à lampreia-marinha e ao sável. Com o propósito de estimar o esforço de pesca relacionado com a pesca profissional direcionada à lampreia-marinha e sável estão a ser realizados inquéritos aos pescadores profissionais que direcionam a sua atividade a estas espécies nas principais bacias hidrográficas do país ( Minho, Lima, Cávado, Douro, Vouga, Mondego, Tejo e Guadiana). A entrega destes inquéritos irá decorrer nos meses de dezembro e janeiro.
- Monitorização da passagem para peixes do Açude-Ponte de Coimbra.
Com vista a monitorização da utilização da passagem para peixes por espécies migradoras, estão a ser identificados e contabilizados os exemplares que transpõe com sucesso este dispositivo, com recurso a um sistema de visualização e gravação concebido especificamente para o efeito. Esta monitorização decorre desde 2013, sendo que em 2019 os esforços serão centrados na lampreia-marinha, sável/savelha, muge e truta. As contagens estão a decorrer e espera-se que se prolonguem até novembro.A estrutura dimensional destas populações será também analisada através da medição de uma subamostra dos exemplares que utilizam a passagem.