última actualização   20 - 04 - 2004 

 

 

Mestrado em Biologia da Conservação

(Deliberação nº 1436/2003 DR 2ª série, nº216 de 18/09/2003)

e pós-graduações relacionadas

 

vide [edição 2004-2005 ]

 

 

Questionários de opinião 2003-2004:

Biodiversidade e Conservação » Prof. António Mira

Avaliação de Prioridades em Conservação » Prof. Carlos Pinto Gomes

 

 

Mestrado em Biologia da Conservação

O curso de especialização é formado por cinco disciplinas obrigatórias, mais uma disciplina paralela de Projecto e Seminário, totalizando 31 ECTS. Deverão ser escolhidas  quatro (ou cinco)  disciplinas optativas (em que a quinta optativa pode pertencer ao grupo das disciplinas de licenciatura U.E.) que constam no elenco (vide quadros I e II), conquanto os candidatos obtenham aproveitamento em pelo menos 16 ECTS, não ultrapassando os 24 ECTS.

 

Propinas

O valor global das propinas do Mestrado em Biologia da Conservação é de 1950  euros, abrangendo três semestres consecutivos. O pagamento das propinas é efectuado em prestações semestrais nos seguintes prazos:

»  1º semestre lectivo (650 euros), no acto de inscrição;

»  2º semestre lectivo (650 euros), em Março de 2004;

»  3º semestre/dissertação (650 euros), no acto de inscrição para a dissertação (Setembro 2004);

- semestre extra de prorrogação da entrega da dissertação (650 euros), em Março de 2005.

 

Serviços Académicos

Largo de São Mamede,

Universidade de Évora

7002-554 Évora, Portugal

tel. 266 702 493

 

Calendário lectivo (clicar)

As aulas iniciaram-se a 13 de Outubro de 2003 e terminam a 17 de Julho de 2004, salvo as disciplinas optativas de formação avançada das licenciaturas que constam no elenco do mestrado, as quais se regem pelo Calendário Escolar geral.

 

Critérios de selecção dos candidatos

Com base no artigo 9º do Regulamento do Mestrado em Biologia da Conservação (CDBio/03/315), foram  usados critérios de selecção e seriação dos candidatos, por ordem decrescente de relevância.

 

 

Funcionamento

Uma unidade curricular tanto pode funcionar em:

regime intensivo (1 semana = 5 dias completos) no início ou final do semestre lectivo;

regime semi-intensivo, bimestral (1 dia completo por cada 5 semanas consecutivas) preferencialmente à sexta-feira ou à quinta-feira.

regime normal semestral, em qualquer dia laboral, sobretudo para disciplinas optativas das licenciaturas.

O horário diário completo vai das 9h30 às 12h30 (preferencialmente para aulas teóricas) e das 14h00 até, no máximo, às 18h00 (preferencialmente para aulas teórico-práticas ou práticas). Será garantido um número suficiente de disciplinas optativas de maneira que possa existir uma escolha efectiva ao interesse do aluno. O elenco das optativas possa variar anualmente.

 

Quadro I – Disciplinas a funcionar e mapa de afectação dos docentes (ano lectivo de 2003/2004)

 

Biologia da Conservação

Unidades Curriculares

Docente (s) responsável (is)

Outro(s) docente(s)

Dept.º

Tutela

Disciplinas obrigatórias

BC - Biodiversidade e Conservação

Prof. António Mira (35 h)

DBio

APC - Avaliação de Prioridades em Conservação

Prof. Paulo Sá Sousa (25h)

Prof. Carlos Pinto Gomes (10h)

DBio

DEcol

GRF - Gestão e Recuperação de Fauna

Prof. Paulo Sá Sousa (28 h)

Prof. Pedroso Raposo de Almeida (3,5 h)

Prof. Eng. António Pedro Santos (3,5h)

DBio

 

DEcol

CVM - Conservação da Vegetação Mediterrânica

Prof. Luiz Gazarini

Profª. Paula Simões 

DBio

MAD - Metodologias de Apoio à Decisão

Profª. Isabel Ramos  (35 h)

DPBP

P&S - Projecto e Seminário

Júri colectivo de 3 docentes

DBio

Disciplinas optativas pós-graduadas

AE - Análise Espacial

Prof. Nuno Neves (35 h)

DPBP

BEO - Biogeografia e Ecologia de Ornitocenoses

Dr. João Rabaça

(Prof. Diogo Figueiredo) - responsável

DBio

BCM - Biologia e Conservação de Mamíferos

Prof. António Mira (35 h)

DBio

CAP - Caracterização e Avaliação da Paisagem

Profª Teresa Pinto Correia (35 h)

DPBP

CHI - Conservação da Herpetofauna Ibérica

Prof. Paulo Sá Sousa (35 h)

DBio

TAF - Técnicas de Amostragem de Fauna

Prof. Paulo Sá Sousa

Prof. António Mira, Prof. Pedro Raposo de Almeida, Dr. João Rabaça, Prof. Diogo Figueiredo, Drª. Otília Miralto

DBio

TAV - Técnicas de Amostragem de Vegetação

Prof. Luiz Gazarini

Profª. Paula Simões, Profª. Celeste Sá, Engª. Anabela Belo,  Drª. Isabel Pereira e Drª. Carla Cruz Ferreira

DBio

Disciplinas optativas de formação avançada das licenciaturas

Análise de Sistemas e Modelação Ecológica

Prof. Pedro Anastácio

DEcol

Delineamento e Análise Experimental em Biologia

Profª. Teresa Cruz

DBio

Flora de Portugal

Prof. Rui Brandão

DBio

 


Síntese dos Objectivos e Conteúdos das Disciplinas

 

Disciplinas obrigatórias

 

BC - Biodiversidade e Conservação

Introdução à Biologia da Conservação

Biodiversidade e unidades de conservação

Efeitos das alterações globais sobre a biodiversidade

Demografia e análise da viabilidade populacional

Estatutos de conservação

Instrumentos legais da conservação da natureza

Medidas agro-ambientais

 

APC - Avaliação de Prioridades de Conservação

Critérios de avaliação de vegetação e de flora

a)     Habitats naturais e semi-naturais da Rede Natura 2000

b)     Plantas raras e endémicas de interesse comunitário

Critérios de avaliação da fauna prioritária

a)     Bases biológicas

b)     Bases ecológicas

c)      Novidades taxonómicas e filogenética

d)     Valorização sócio-económica

e)     Prioridades de conservação

Critérios de avaliação de áreas prioritárias para a conservação

a)     Avaliação de habitats e biótopos

b)     Valorização sócio-económica de áreas urbanas e rurais

c)      Modelos de selecção de áreas protegidas

 

GRF - Gestão e Recuperação de Fauna

Espécies invasoras e controlo da fauna exótica

Fauna urbana e rural: danos e benefícios

Efeitos da pesca e das barragens sobre a ictiofauna continental

Gestão sustentável da caça: ordenamento cinegético; estudo de casos

Comunidades e ecossistemas: interacções e perturbações

Planos de minimização e de compensação ambiental

Planos de recuperação de espécies

 

CVM - Conservação da Vegetação Mediterrânica

Caracterização da fito-região mediterrânica

Factores determinantes para a conservação da fitodiversidade mediterrânica

Escalas de conservação da vegetação mediterrânica

O caso paradigmático da Península Ibérica

Conservação vegetal ex situ

Estratégias de conservação, preservação e maneio

 

MAD - Métodos de Apoio à Decisão

Apoio à decisão: importância para a conservação da natureza; relação com o ordenamento do território e com os princípios do desenvolvimento sustentável.

Actores e acções: a participação, a interactividade e a simplicidade.

Apoio multicritério à decisão: estruturação, avaliação e elaboração de recomendações; o conceito de multimetodologia.

A estruturação: sua importância; técnicas de apoio; construção de critérios.

A avaliação: técnicas de apoio; o modelo aditivo simples; construção de funções de valor; determinação de coeficientes de ponderação.

Apresentação de casos reais de aplicação.

 

P&S - PROJECTO E SEMINÁRIO

Esta disciplina multidisciplinar não lectiva tem por objectivo oferecer aos alunos um espaço temático (projecto), onde possam integrar-se holisticamente um conjunto de tópicos teórico-práticos sugeridos em cada uma das cinco unidades curriculares obrigatórias. Este trabalho é apoiado directamente por um ou cada um dos docentes das disciplinas obrigatórias. Tem um cariz eminentemente técnico-científico, constituindo uma antecâmara privilegiada na preparação antecipada da dissertação de mestrado. A avaliação concretiza-se por 3 a 4 apresentações orais (seminário) durante os semestres lectivos.

 

Disciplinas optativas pós-graduadas

(ordem alfabética)

 

AE - Análise Espacial

O objectivo central desta disciplina assenta na apresentação de metodologias e operações de análise espacial em sistemas de informação geográfica. Serão apresentados os principais modelos de dados espaciais, avaliados em termos das suas características e aplicabilidade aos diversos contextos e abordagens metodológicas. Será dado um especial relevo à apresentação e desenvolvimento do conceito de modelação geográfica e álgebra de mapas, bem como ao enunciado e aplicação de formalismos de apresentação de projecto em análise espacial.

 

BEO - Biogeografia e Ecologia de Ornitocenoses

Pretende-se fornecer aos alunos uma visão sobre o papel da evolução e dos processos biogeográficos na determinação das diversidades biológicas, e em particular na composição e estrutura das ornitocenoses.

 

BCM - Biologia e Conservação de Mamíferos

Pretende dar aos alunos uma perspectiva geral da biologia dos mamíferos dando ênfase às espécies representadas na Europa e aos aspectos predominantemente relacionados com a sua conservação. Contudo, serão ainda focados aspectos relativos à origem e evolução, à estrutura e função, à fisiologia, à diversidade e sistemática, à ecologia, ao comportamento e à biogeografia. Na componente prática será dada particular relevância à identificação e sistemática das espécies ocorrentes em Portugal.

 

CAP - Caracterização e Avaliação da Paisagem

Metodologia de caracterização e avaliação da paisagem, integrando os aspecto relativos a relevo, clima, quadro geológico, solo, água, flora e vegetação, fauna, uso do solo, humanização, funções da paisagem, de modo a permitir um entendimento global dos sítios e da paisagem e perspectivar visões para a sua gestão futura. Representação de tais análises e avaliações. Trabalhos práticos de aplicação às escalas regional e local, envolvendo situações diferenciadas.

 

CHI - Conservação da Herpetofauna Ibérica

Pretende dar aos alunos uma perspectiva geral da biologia da conservação dos anfíbios e dos répteis, dando realce às espécies representadas na Península Ibérica, Noroeste Africano e Macaronésia. Abordam-se os aspectos relativos à origem e evolução, à diversidade sistemática e filogenia, à biogeografia e à bioecologia da manutenção e da reprodução destes animais, dando ênfase aos problemas predominantemente relacionados com a sua conservação na natureza. Na componente prática será dada particular relevância à identificação das espécies ocorrentes em Portugal.

 

EFCV - Estrutura e Funcionamento de Comunidades Vegetais

O ambiente envolvente das plantas

Estrutura dos cobertos e dinâmica da fitomassa (carbono)

Os efeitos dos factores externos no balanço de CO2

Relações hídricas em diferentes tipos de plantas

Aquisição, utilização e perda de nutrientes

Respostas às limitações ambientais

Comunidades vegetais e processos globais

 

TAF - Técnicas de Amostragem de Fauna

Arrastos de macro-invertebrados aquáticos

Técnicas de captura de ropalóceros (borboletas)

Armadilhagem de coleópteros (escaravelhos terrestres)

Pesca eléctrica e marcação de peixes dulciaquícolas

Bioacústica de anuros e prospecção intensiva de anfíbios

Transectos e barreiras de encaminhamento de répteis

Métodos absolutos e relativos de amostragem de aves

Armadilhagem, estações de cheiro e índices de presença em mamíferos

 

TAV - Técnicas de Amostragem de Vegetação

Análise de comunidades vegetais

Estrutura do coberto vegetal

Métodos de amostragem de sistemas radicais

Análise do banco de sementes do solo

Métodos de preservação do material vegetal

Métodos de processamento de dados e de análise espacial

 

 

Disciplinas optativas de formação avançada das licenciaturas

(ordem alfabética)

 

Análise de Sistemas de Modelação Ecológica

O que é a modelação ecológica? Ferramentas matemáticas para a modelação. Componentes dos modelos. Passos da modelação. Modelos conceptuais. Modelos de dinâmica de populações. Modelos de crescimento algal. Modelos biogeoquímicos. Modelos de zonas húmidas.

 

Delineamento e Análise Experimental em Biologia

Concepção lógica de experiências: das observações à interpretação de experiências.

Problemas comuns em experiências mal delineadas: falta de controlos, pseudo-replicação no espaço e no tempo, experiências confundidas.

Estudos univariados: experiências controladas em laboratório; estudos observacionais e manipulativos no terreno que integram variabilidade espacial e temporal em diferentes escalas, utilizando análise de variância (ANOVA multifactorial com delineamentos ortogonais e/ou aninhados, e factores fixos e/ou aleatórios); avaliação de impactes ambientais, utilizando análises assimétricas.

Estudos multivariados utilizando as técnicas PRIMER: classificação e ordenação de dados biológicos e ambientais (classificação hierárquica; PCA e MDS); testes multivariados (ANOSIM); espécies que mais contribuem para a similaridade e discriminação de amostras (SIMPER); relação entre padrões multivariados biológicos e ambientais (BIO-ENV).

 

Flora de Portugal

São apresentados os princípios biológicos e as metodologias subjacentes à conservação da flora portuguesa dando-se uma ênfase particular à flora mediterrânica com realce para os vários aspectos da sua origem, diversidade, usos etc. Oferece-se aos alunos a possibilidade de complementarem a aprofundarem os conhecimentos ministrados em disciplinas básicas de sistemática e ecologia vegetal, articulando os respectivos conteúdos programáticos com a análise concreta de comunidades vegetais representativas do nosso território. Para esse efeito, os alunos deverão mostrar disponibilidade para a realização de trabalhos de campo e visitas de estudo a ter lugar em parques e reservas naturais nacionais.

 

Ictiologia

Pretende-se fornecer aos alunos as bases essenciais para o conhecimento da biologia dos peixes e da estrutura e funcionamento das comunidades ictíicas. Serão abordadas questões relacionadas com a sistemática, a bio-ecologia e as medidas de gestão que visam a conservação destas espécies. Na componente prática, para além dos aspectos relacionados com a identificação e sistemática deste grupo de vertebrados, serão ensaiadas algumas técnicas metodológicas habitualmente utilizadas no estudo dos peixes.