POESIA


AURORA DO SABER

Brisa da aurora que me desperta
Cada dia é mais uma descoberta
Do ente oculto que é o saber
Desperto pelas mentes cultas
Que sabem no papel lançar seu entender
E sabem no universo inventar lutas,
Horizonte do conhecimento
Grande conquista ou invento.

Homem douto que soubeste inventar
Construir o mundo à semelhança do teu bem-estar.
Homem egoísta que aproveitaste o teu saber
Para aplicar onde se não pode crer
Que seja tal tua intenção,
Defende o horizonte da destruição!
Homem inteligente, sê concreto!
Torna-te num ser mais aberto!

Esta, uma visão da realidade
Deturpada pelos olhos humanos
Que só no mundo vêem a maldade
E não se enaltece os feitos, hermanos.
Oh! Horizonte que a vista alcança
Tão longe da atingir teu ser
Por mais comprida que seja a lança
Não toca no cume do saber.
Folhas mortas, escritas, sublinhadas,
Armas do conhecimento profundo
Onde estão escritos alguns nadas
Que ao homem dizem tudo.
São letras, são poemas, são economias,
São assuntos da vida
Que nos fazem felizes alguns dias,
Alguns dias ... na despedida!?...

Oh! Saber omnipotente
Existes na minha mente?!
Onde estás escondido?
Por acaso alguém tem retido
Onde te não possa encontrar,
Anda! Vem! Vamos acordar!
A aurora já rompeu,
Olha! O sol?! Amanheceu!

25/11/87

 

QUANDO OLHO PARA TI

Quando olho para ti
E te vejo a correr,
Eu sinto vontade de te amar.

Quando olho para ti
E te vejo tão bela,
Eu sinto vontade de te amar.

Quando olho para ti
E te vejo tão esbelta,
Eu sinto vontade de te amar.

Quando olho para ti
Sem te conseguir ver,
Eu sinto vontade de te amar.

Quando olho para ti
E te vejo tão formosa,
Eu sinto vontade de te amar.

Quando olho para ti
E me pareces uma rosa,
Eu sinto vontade de te amar.

Quando não olho para ti
E te vejo na minha mente,
Estou a amar-te certamente.

                      23/3/2000